sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Boas Práticas de Inclusão

OBJETIVO DOS RECURSOS NA ESCOLA COMUM

Os recursos de CAA e os demais recursos pedagógicos de acessibilidade serão eficientes se permitirem que a participação do aluno seu acesso à comunicação sejam garantidos, de modo que possa atuar em todas as atividades escolares, sem nenhum tipo de restrição.

UTILIZAÇÃO DE RECURSOS DE CAA NA ELABORAÇÃO DE ESTRATÉGIAS DE ENSINO E APRENDIZAGEM

Os recursos de CAA devem ser facilitadores na realização das tarefas escolares, nas salas de aula comum. São eles que vão eliminar as barreiras impostas pela deficiência e/ou pelo meio, para que os alunos possam participar de todas as atividades escolares em interação com seus colegas.

Não se trata de oferecer a esses alunos atividades diferentes, na sala de aula, mas recursos que permitam a realização das mesmas atividades realizadas pela turma.

Uma dúvida freqüente entre os professores das classes comuns diz respeito ao planejamento das tarefas que os alunos com deficiência realizarão na classe comum: quem deve planejar essas tarefas? Os professores comuns ou o professor do atendimento educacional especializado - AEE?

As atividades escolares são planejadas pelo professor da classe comum para todos os seus alunos e os professores do AEE identificarão as barreiras de participação, selecionarão, confeccionarão ou ajudarão na aquisição dos recursos que permitirão aos alunos com deficiência a plena participação nas aulas. Daí a importância do recurso de CAA e demais recursos de acessibilidade projetados e desenvolvidos em parceria entre o professor da classe comum e do AEE.

AVALIAÇÃO UTILIZANDO A CAA NA ESCOLA

A construção de uma avaliação democrática imersa numa pedagogia de inclusão implica necessariamente a substituição do padrão da homogeneidade ideal pelo padrão da heterogeneidade real. São os conhecimentos em construção e não os já consolidados que devem basear a seleção dos recursos e das estratégias pedagógicas. O erro deverá ser visto como um processo positivo na identificação e na construção do recurso porque dá pistas sobre o modo como cada um está representando e expressando o conhecimento.
Ao prepararmos ferramentas que apóiem o processo de avaliação do aluno deveremos ter o cuidado de oferecer recursos abertos que serão apoiados pelo conhecimento do professor que avalia, favorecendo que ele possa fazer intervenções para que perceba o caminho que está sendo percorrido por seu aluno na construção do conhecimento.

Uma avaliação que utiliza recursos de CAA pode ser feita para verificar memorização e reprodução de conteúdos recebidos pelo aluno. Ao invés de escrever ele terá alternativas de respostas em símbolos. Porém, se quisermos avaliar o caminho que este aluno está seguindo e o verdadeiro entendimento que construiu de determinado conceito, nosso trabalho será maior. Deveremos então associar alternativa de respostas com possibilidades de argumentação,
com possibilidades de o aluno questionar seu professor e também mostrar novos conhecimentos e sua aplicação.

A avaliação estará então ligada aos objetivos educacionais e a verificação do envolvimento do aluno em todas as etapas propostas para que sejam atingidos.

Fonte de estudo - Revista - A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar Recursos Pedagógicos Acessíveis e Comunicação Aumentativa e Alternativa

Sorocaba e a Inclusão

Sorocaba realiza I Seminário de Inclusão

Ipanema online

Para marcar a passagem do Dia Nacional da Pessoa com Deficiência e os dois anos de funcionamento do Centro de Referência em Educação "Dom José Lambert", a Prefeitura de Sorocaba, por meio da Secretaria da Educação (Sedu), realizará no próximo dia 21 o I Seminário de Educação Inclusiva. De acordo com a professora Úrsula Medeiros, gestora do Centro o público esperado (diretores e orientadores de escolas públicas, representantes das organizações governamentais e não governamentais) gira em torno de 300 pessoas.

Durante o evento, acontecerá também o lançamento do Guia de Recursos e Serviços de Sorocaba, que contém nomes, endereços e contatos de todas as instituições, bem como, a caracterização dos serviços que prestam à população. "Esse guia será muito útil, distribuído a todas as instituições e órgãos públicos para facilitar o fortalecimento dessa grande rede. Numa situação, por exemplo, da chegada de uma criança vítima de maus tratos será possível encontrar neste guia a forma correta de encaminhamento", explica.

O Seminário, que acontece das 8h às 17h, no auditório do Sorocaba Park Hotel, contará com o Coral de Surdos de Sorocaba e palestras focando: Educação de Qualidade para Todos, Educação Inclusiva, Política Nacional de Educação, entre outras. Terá ainda a presença do desembargador Dr. Antônio Carlos Malheiros, que proferirá sobre o tema "Inclusão de Pessoas", e do delegado Dr. Edson Luiz de Baldan, que tratará sobre "Acessibilidade".

Inaugurado em 2009, o Centro de Referência em Educação "Dom José Lambert", aliado à Sedu, atua no sentido de promover o desenvolvimento do processo de aprendizagem dos alunos de Sorocaba. Graças ao trabalho da equipe multidisciplinar do local, hoje, dezenas de crianças frequentam normalmente as aulas nos Centros de Educação Infantil (CEIs), Ensino Fundamental e Médio.

Tanto a equipe escolar quanto os familiares das crianças em situação de exclusão recebem apoio dos profissionais do Centro de Referência. Contando com a parceria do Instituto Paradigma, considerado referência nacional na inclusão de pessoas e na sua acessibilidade, os profissionais do Centro de Referência tem papel fundamental no processo de inclusão da criança na escola. "Mas é uma inclusão com qualidade. A nossa maior preocupação é garantir o ingresso e o sucesso dessa criança na escola", explica Úrsula Medeiros.

A escola inclusiva respeita e valoriza todos os alunos, cada um com a sua característica individual, um dos princípios que baseia a Sociedade Inclusiva, que acolhe todos os cidadãos e se modifica, para garantir que os direitos de todos sejam respeitados e garantidos.





Atendimento Educacional Especializado: o que é?

DIRETRIZES OPERACIONAIS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL PARA O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO NA EDUCAÇÃO BÁSICA

O Ministério da Educação, por intermédio da Secretaria de Educação Especial, considerando a Constituição Federal de 1988, que estabelece o direito de todos a educação; a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, de janeiro de 2008; e o Decreto Legislativo nº 186, de julho de 2008, que ratifica a Convenção Sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (ONU, 2006), institui as Diretrizes Operacionais da Educação Especial para o Atendimento Educacional Especializado – AEE na educação básica, regulamentado pelo do Decreto nº 6.571, de 18 de setembro de 2008.

DO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO - AEE

A educação especial é uma modalidade de ensino que perpassa todos os níveis, etapas e modalidades, realiza o atendimento educacional especializado, disponibiliza os recursos e serviços e orienta quanto a sua utilização no processo de ensino e aprendizagem nas turmas comuns do ensino regular.

Os sistemas de ensino devem matricular os alunos com deficiência, os com transtornos globais do desenvolvimento e os com altas habilidades/superdotação nas escolas comuns do ensino regular e ofertar o atendimento educacional especializado – AEE, promovendo o acesso e as condições para uma educação de qualidade.

O atendimento educacional especializado - AEE tem como função identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas.

Esse atendimento complementa e/ou suplementa a formação dos alunos com vistas à autonomia e independência na escola e fora dela.

Consideram-se serviços e recursos da educação especial àqueles que asseguram condições de acesso ao currículo por meio da promoção da acessibilidade aos materiais didáticos, aos espaços e equipamentos, aos sistemas de comunicação e informação e ao conjunto das atividades escolares.

Para o atendimento às necessidades específicas relacionadas às altas habilidades/superdotação são desenvolvidas atividades de enriquecimento curricular nas escolas de ensino regular em articulação com as instituições de educação superior, profissional e tecnológica, de pesquisa, de artes, de esportes, entre outros.

Nos casos de escolarização em classe hospitalar ou em ambiente domiciliar, o AEE é ofertado aos alunos público-alvo da educação especial, de forma complementar ou suplementar.

O AEE é realizado, prioritariamente, na Sala de Recursos Multifuncionais da própria escola ou em outra escola de ensino regular, no turno inverso da escolarização, podendo ser realizado, também, em centro de atendimento educacional especializado público ou privado sem fins lucrativos, conveniado com a Secretaria de Educação.


DA FORMAÇÃO E ATRIBUIÇÕES DO PROFESSOR

Para atuação no AEE, o professor deve ter formação inicial que o habilite para o exercício da docência e formação específica na educação especial, inicial ou continuada.

São atribuições do professor do atendimento educacional especializado:

a. Identificar, elaborar, produzir e organizar serviços, recursos pedagógicos, de acessibilidade e estratégias considerando as necessidades específicas dos alunos público-alvo da educação especial;

b. Elaborar e executar plano de atendimento educacional especializado, avaliando a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de acessibilidade;

c. Organizar o tipo e o número de atendimentos aos alunos na sala de recursos multifuncional;

d. Acompanhar a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de acessibilidade na sala de aula comum do ensino regular, bem como em outros ambientes da escola;

e. Estabelecer parcerias com as áreas intersetoriais na elaboração de estratégias e na disponibilização de recursos de acessibilidade;

f. Orientar professores e famílias sobre os recursos pedagógicos e de acessibilidade utilizados pelo aluno;

g. Ensinar e usar recursos de Tecnologia Assistiva, tais como: as tecnologias da informação e comunicação, a comunicação alternativa e aumentativa, a informática acessível, o soroban, os recursos ópticos e não ópticos, os softwares específicos, os códigos e linguagens, as atividades de orientação e mobilidade entre outros; de forma a ampliar habilidades funcionais dos alunos, promovendo autonomia, atividade e participação.

h. Estabelecer articulação com os professores da sala de aula comum, visando a disponibilização dos serviços, dos recursos pedagógicos e de acessibilidade e das estratégias que promovem a participação dos alunos nas atividades escolares.

i. Promover atividades e espaços de participação da família e a interface com os serviços setoriais da saúde, da assistência social, entre outros.